Unidade Básica de Saúde reforça proteção ao idoso

Formação de vínculo com atividades na UBS contribui para desenvolver rede de apoio e manter a vida ativa

Há quem pense que o trabalho da Unidade Básica de Saúde (UBS) consiste apenas na realização de consultas periódicas, mas o local é palco de várias atividades que ajudam a população a prevenir doenças e manter um estilo de vida ativo e saudável. Um dos públicos mais frequentes na utilização dos serviços de prevenção, são as pessoas da terceira idade.

De acordo com coordenadora de Atenção Primária do Distrito Federal, Fabiana Fonseca, os idosos costumam participar de práticas integrativas e grupos de trabalho ligados à alimentação, doenças do coração e diabetes. “A unidade básica vai além de ser apenas um ponto de apoio médico ou assistencial, ela contribui ainda nas situações de abandono e violência. Os profissionais estão atentos à regularidade nas consultas, às manchas no corpo, no momento da prática de Yoga, por exemplo, e buscam averiguar o que houve com os pacientes e auxiliar na solução dos problemas”, destaca Fabiana.

A profissional reforça que esse tipo de atuação ajuda no desenvolvimento da autoproteção e proporciona a convivência com a comunidade. Além das atividades rotineiras, que seguem os protocolos do Ministério da Saúde, as UBSs realizam eventos de lazer, como festejos típicos de datas comemorativas.

Festa Junina na Unidade Básica de Saúde (UBS) 8 do Vale do Amanhecer, em Planaltina.

Na UBS 8 do Vale do Amanhecer, em Planaltina, a atuação não é diferente. Nesta sexta-feira (16), foi dia de festa junina. O Arraial contou com barracas que ofereciam diversos serviços, como teste rápido para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), vacinas, exames preventivos, forró terapia e distribuição de doses de vitamina A.

“A festa junina foi muito importante para a aproximação entre a UBS e a comunidade. Como manifestações culturais, as festas juninas contribuem para a afirmação da identidade cultural das populações locais. Esperamos que ações como estas possam fortalecer o vínculo com a comunidade, auxiliando também em melhorias para a saúde da população do Vale do Amanhecer”, afirma Fabiana.

A‌ população de idosos cadastrada na Atenção Básica do DF chega a 252 mil pessoas. A Saúde oferece ao público – a partir de 60 anos, bate-papos sobre saúde mental, circuito multifuncional de prevenção de quedas, oficina de memória, grupo de estimulação cognitiva, como o grupo MobilizaDOR, entre outros. Essas atividades são oferecidas conforme as demandas de localidade em que a UBS está inserida.

Violência contra o Idoso

Nesta semana, comemorou-se o Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência Contra as Pessoas Idosas e para chamar atenção sobre o tema, alguns dos pontos mais movimentados da capital ganharam iluminação diferenciada.

A SES-DF monitora esse tipo de violência. O último levantamento – Boletim epidemiológico de violências contra as pessoas idosas no Distrito Federal -,demostrou que as notificações compulsórias de violência interpessoal no DF já vinham crescendo ano a ano, desde 2009, atingindo seu ápice em 2019.

No período de 2018 a 2020, por exemplo, foram notificados 8.422 casos de violências interpessoais no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan/DF). Desse montante, 3,2% (273 notificações) são referentes ao ciclo de vida das pessoas idosas. Uma média de 91 ocorrências ao ano. Os dados mostram ainda que 67% das ocorrências são contra pessoas do sexo feminino.

As fichas de notificação de violência contra idosos apontam a residência da vítima como o local mais comum para a prática. Pessoas com vínculos familiares, como cônjuge e filhos, e adultos, do sexo masculino, que não fizeram uso de álcool no momento da agressão, estão entre o público agressor.

Para denunciar qualquer tipo de violência contra o idoso, disque 100. Para atendimento em situação de violência saiba mais aqui.

Érika Bragança, da Agência Saúde-DF