Aconteceu hoje, na sede do Conass em Brasília, a oficina do Projeto Vigiares: Fortalecimento da Capacidade de Vigilância, Preparação e Resposta a Eventos com Potencial de se Tornarem Emergências de Saúde Pública, realizado por meio de uma parceria do Conass com o Instituto Todos pela Saúde (ITpS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), com o apoio do Ministério da Saúde.
A primeira oficina ocorreu com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF) e contou a presença da secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, do coordenador do Programa de Emergências em Saúde da Opas, Alexander Rosewell, do secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Rivaldo Venâncio da Cunha, e da diretora-presidente do ITpS, Mariângela Simão.
Lucilene destacou a importância do projeto para o contexto nacional e ressaltou que o DF tem regiões com características distintas, com desafios específicos, e o Vigiares terá a capacidade de apoiar na construção de planos para lidar com emergências de saúde pública. “Precisamos continuar fortalecendo a vigilância, revisando e elaborando planos para lidar com essas situações. É um assunto complexo e devemos aproveitar todo o conhecimento dos técnicos envolvidos no projeto, dividindo experiências e aprendendo em conjunto com outros estados”, disse.
Já Alexander destacou que será utilizada a metodologia proposta pela Organização Mundial da Saúde para a vigilância dos vírus respiratórios, por meio da estratégia “Mosaico”, em que se implementam diversas abordagens de vigilância, de forma coordenada, colaborativa e direcionada, que se complementam como peças de um mosaico, com destaque para a vigilância interepidêmica para atender às necessidades de alerta precoce e monitoramento de rotina. Será também implementada a estratégia “Pret”, para a construção de plano de preparação e resiliência a ameaças emergentes, por meio de uma abordagem inovadora, baseada em riscos, para melhorar a preparação para futuras pandemias.
O coordenador da Opas falou da importância do projeto na preparação nacional e no fortalecimento da vigilância de forma estruturada. “Por meio do Vigiares, as equipes do Conass, do Ministério da Saúde, do ITpS e da Opas pretendem fortalecer a vigilância e a preparação para doenças respiratórias. Esperamos que a oficina seja envolvente e que possamos apoiar o desenvolvimento e a implantação dos planos no DF”, destacou.
Para Rivaldo Venâncio, a pandemia de Covid-19 e as emergências nacionais de saúde pública nos mostram que o País deve se fortalecer e planejar melhores respostas coordenadas, de acordo com a realidade de cada localidade. “Ao sistematizar aspectos relacionados com a vigilância, a organização, a resposta laboratorial e a rede assistencial, nós estaremos dando um passo fundamental para enfrentar quaisquer outras emergências relacionadas com vírus respiratórios”, disse.
A diretora-presidente do ITpS, Mariângela Simão, destacou que o DF recebe a primeira oficina do Vigiares e que todos os estados receberão a capacitação. Também disse que a parceria entre as instituições têm grande relevância para o fortalecimento da vigilância coordenada entre os estados. “Devemos sistematizar como vamos responder à situações de saúde pública que exigem articulação e coordenação. Todos nós temos uma obrigação moral de melhorarmos essas respostas à população”, ressaltou.
O Vigiares tem o propósito de fortalecer as coordenações estaduais na vigilância, preparação e resposta oportuna a eventos com potencial de se tornarem emergências de saúde pública, com ênfase, nesta primeira fase, na vigilância das síndromes respiratórias agudas (SRA). Buscará ainda aprimorar e disseminar a cultura de gestão de emergências em saúde pública nas Secretarias Estaduais de Saúde aprimorar o processo de elaboração e atualização de planos de contingência, implementar estratégia de Vigilância Sindrômica para as SRA, apoiando a organização de rede sentinela regionalizada para a vigilância das síndromes gripais e a vigilância universal dos casos de síndromes respiratórias agudas graves, com notificação e investigação oportunas, bem como a alimentação adequada dos sistemas de informação e o aprimoramento da vigilância laboratorial dos vírus respiratórios.
Serão realizadas oficinas em todos os estados e no Distrito Federal, estando prevista também, ainda neste mês, a realização desta atividade no estado de São Paulo.
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Assessoria de Comunicação do Conass