Conass participa do Seminário Brasil contra o Câncer infanto-juvenil

Foto: Erasmo Salomão

A assessora técnica do Conass, Luciana Vieira, participou ontem (24), do Seminário Brasil contra o Câncer infanto-juvenil, que aconteceu em Brasília.

O seminário foi uma realização do Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Durante o evento, também foi lançado o programa Cure All no Brasil, uma iniciativa global da Organização Mundial da Saúde que pretende alcançar, até 2030, uma taxa de sobrevivência de 60% para crianças e adolescentes com câncer.

Elisa Pietro, representante da Opas, destacou que o câncer continua sendo uma das principais causas de mortes de crianças e adolescentes não só no Brasil, mas em todo o mundo. “Estima-se que a cada ano 270 mil crianças de 6 a 19 anos são diagnosticadas com câncer no mundo e entre elas, 29 mil são adolescentes e cerca de 10 mil morrem pela doença”, disse.

Para ela, o câncer infantil se traduz em impactos econômicos e muito sofrimento para os envolvidos. “Isso pode mudar se unirmos forças com os principais entes da saúde, porque é uma doença que podemos ter uma sobrevida maior”, falou. Elisa disse ainda que a iniciativa do programa Cure All tem o foco em diagnóstico precoce e em padronizar protocolos de atendimento para garantir a qualidade de vida e melhorar a sobrevida.

Foto: Erasmo Salomão

Luciana destacou que o Conass trata a prevenção e controle do câncer como pauta prioritária, e vem discutindo a necessidade de uma rede de atenção oncológica integrada. “Uma sociedade pode ser olhada pela forma como trata, principalmente, as crianças e os idosos. Quando a gente identifica que uma das principais causas de morte em crianças e adolescentes é por causa do câncer, temos muito que avançar”, reforçou.

Ela reforçou que grande parte dessas mortes podem ser evitáveis. Segundo ela, o Sistema Único de Saúde é uma ferramenta potente para a atenção oncológica, desde que estruturado em rede. E deu como exemplo a significativa redução da mortalidade infantil. “Está mais do que na hora de termos o mesmo compromisso e envolvimento. É preciso unir esforços de todos os setores da sociedade, mas principalmente da saúde pública, dos estados, municípios e governo federal, só assim poderemos mudar esse cenário”, enfatizou.

Para o diretor do departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência do Ministério da Saúde, Nilton Pereira, o evento é mais um dos esforços do ministério em articulação com as universidades, com os institutos de pesquisa, com a sociedade e com os parceiros Conass e Conasems, que vem contribuindo para a construção das políticas voltadas para esse tema. “Em todas as estratégias de informação, de transformação das políticas públicas voltadas para o câncer, estamos trabalhando de forma integrada para que possamos avançar cada vez mais”, contou.

🖥️ Veja como foi a reunião: https://www.youtube.com/watch?v=hPPWcf5FRNM