Setembro Verde: Sesa realiza curso sobre preservação e perfusão de órgãos sólidos removidos para transplante

 

O processo que envolve a cirurgia de um transplante começa muito antes, ainda na captação dos órgãos. Para conservá-los desde a retirada do doador até a cirurgia que irá salvar a vida do receptor, existe todo um percurso que envolve o preparo da solução para garantir a preservação do órgão sólido ou do tecido, passando pelo transporte e os documentos necessários para o procedimento.

Para otimizar esse processo, de 25 a 29 de setembro, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), por meio da Célula do Sistema Estadual de Transplantes (Cetra), realiza um curso de preservação e perfusão de órgãos sólidos removidos para transplante. A capacitação, realizada pela primeira vez no estado, ocorre no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e tem apoio da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), que elaborou o currículo e toda a estrutura do curso. A iniciativa integra o Projeto de Educação Permanente em Transplantes.

A técnica de perfusão ajuda o órgão a permanecer em perfeito estado fora do corpo. Esse processo consiste em injetar um líquido de preservação gelado nos vasos sanguíneos do doador. O objetivo é substituir o sangue por essa solução, que garante a preservação do órgão.

Captação de órgãos pode ocorrer em vários hospitais do Ceará e é primeiro passo para o sucesso dos transplantes (Foto: Arquivo HRC)

De acordo com a orientadora da Cetra, Eliana Barbosa, o objetivo é capacitar enfermeiros das várias regiões de saúde nesse processo. “Queremos formar enfermeiros locais, para estarem treinados na perfusão, no acondicionamento e na melhor forma de transporte dos órgãos”, explica.

Segundo a diretora-geral do HGF e médica-cirurgiã do HGF, Ivelise Brasil, a perfusão envolve o preparo da solução balanceada na qual o órgão estará conservado para o transporte. “Iremos trabalhar o que é a solução de preservação, balanceada com eletrólitos, calorias e todos os componentes necessários para a preservação das células, enquanto o órgão estiver fora do corpo humano”.

Atualmente, uma equipe é deslocada de Fortaleza até o local da captação, que pode ser no interior do estado. “Com esse curso, o processo será otimizado, com enfermeiros da própria região”, completa.

Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto:Kelly Garcia
Foto:Arquivo
Arte gráfica: Juliel Veras