Mosaic: SES-DF fortalece medidas de enfrentamento às doenças respiratórias

Iniciativa em parceria com a Opas, Ministério da Saúde, Conass e Instituto Todos pela Saúde tem como objetivo aprimorar a vigilância e os planos de ação

O projeto Mosaic tem como objetivo aprimorar e fortalecer a vigilância no combate às doenças respiratórias graves agudas, com a produção de planos de contingência e de ação. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Nesta terça-feira (20), a Secretaria de Saúde (SES-DF), o Ministério da Saúde (MS), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) deram início aos três dias de oficina do projeto Mosaic (metodologia para o plano de enfrentamento). A iniciativa irá aprimorar e fortalecer a vigilância no combate às doenças respiratórias graves agudas, com a produção de planos de contingência e de ação que serão apresentados ao final do evento.

O objetivo da oficina é identificar as forças e lacunas por meio da elaboração de um mosaico que irá reunir as melhores práticas para o combate de vigilância das síndromes respiratórias agudas graves. Presente na abertura, a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, destacou como esta iniciativa otimiza a atuação técnica da pasta no combate às doenças, por meio da integração e troca de experiências de diferentes áreas. “O Distrito Federal é um território bastante heterogêneo e passou por eventos que foram verdadeiras emergências. Os dados e números demonstram como esta oficina é muito importante”, reforçou.

Apesar de voltada aos profissionais da saúde, a ação de enfrentamento às emergências em saúde pública, segundo o secretário de Vigilância e Meio Ambiente do MS, Rivaldo Venâncio, tem de ser vista como um trabalho conjunto entre diferentes entidades. “Os problemas em saúde pública não vão se resolver somente no campo da assistência e vigilância, precisamos olhar para o todo e como a contribuição da ciência pode ir além da saúde”, explicou.

O Mosaic é uma forma de visualizar as medidas que são necessárias para o melhor enfrentamento das emergências, conforme ressaltou o representante da Opas, Alexander Rosewell: “O Mosaic demonstra como as abordagens de vigilância podem ser vistas como prioritárias e, assim, trabalhar no alerta precoce, no monitoramento, no uso de interventores”. Também esteve presente a representante do Instituto Todos Pela Saúde, Mariângela Simão, que também é parceira da oficina.

Fortalecimento

Essa imersão durante quatro dias, a realização das oficinas para implementação do projeto Mosaic vão permitir avaliar as ocorrências passadas no DF, as construções realizadas e os ajustes necessários, assim como incorporação de novas tecnologias. No projeto, será possível visualizar um cenário futuro em que a vigilância estará fortalecida, com os fluxos construídos na assistência, o reforço da força de trabalho e abastecimento dos insumos necessários para o enfrentamento.

“O DF está em um momento de construção desses planos e buscando as melhores tecnologias, experiências e técnicos, para, em conjunto, estarmos prontos caso ocorra outras emergências”, reforçou a secretária de Saúde.

Oficina arboviroses

Em julho deste ano, a SES-DF também participou de oficina para avaliar as ações para possíveis emergências de arboviroses – como dengue. Durante dois dias, a oficina teve como objetivo revisar as ações tomadas em resposta ao aumento de casos de 2023 a 2024, buscando melhores práticas e áreas para otimizar.

Larissa Lustoza, da Agência Saúde-DF | Edição: Agência Saúde-DF