Em Painéis na ExpoEpi, Conass aborda a Política Nacional e os Sistemas de Informação de Vigilância em Saúde

“É preciso destacar o diferencial da Política Nacional de Vigilância em Saúde, que foi feita através do controle social e com um amplo consenso entre os usuários, academias e gestores”. Foi com essa frase que, nesta quinta-feira (09), o assessor técnico do Conass, Nereu Henrique Mansano, , iniciou sua apresentação no Painel – Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS): desafios e perspectivas Política Nacional de Vigilância em Saúde Implementação da Política Nacional de Vigilância em Saúde no contexto estadual e da participação Comunitária na aplicação da Política.

Mansano abordou a construção da Política Nacional de Vigilância em Saúde, que foi elaborada por meio  de discussões no espaço do Controle a partir das discussões da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde. Nereu explicou algumas atribuições da política para que haja integralidade na atenção à saúde com ações de vigilância em saúde em todas as instâncias e pontos da Rede de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante a apresentação, mostrou que a PNVS contempla toda a população em território nacional, priorizando, entretanto, territórios, pessoas e grupos em situação de maior risco e vulnerabilidade, na perspectiva de superar desigualdades sociais e de saúde e de buscar a equidade na atenção, incluindo intervenções intersetoriais.

Outro ponto abordado foi a responsabilidade sanitária com o desenvolvimento de ações de Vigilância em Saúde nos estados. “É necessário organizar as ações de vigilância em saúde considerando os diferentes níveis de complexidade, tendo como centro ordenador a Atenção Primária em Saúde, definindo, em conjunto com os municípios, e de forma articulada com a União”, destacou.

Mansano também fez um alerta em relação às emergências em saúde pública, cada vez mais rotineiras e que demandam muito as estruturas da vigilância em saúde, relembrando o que aconteceu durante a pandemia de Covid-19.  Além disso,  destacou os principais desafios da Vigilância em Saúde.

Em seguida, Nereu Mansano coordenou o painel Covid-19: presente, passado e futuro. “É muito bom ter a oportunidade de mediar essa mesa, discutir esse relevante tema, pois nunca o Brasil teve um desafio tão grande como a pandemia de Covid- 19, principalmente na Vigilância em Saúde”, falou. A mesa teve como objetivo debater a gestão da covid-19 no âmbito estadual, o que foi aprendido durante esse período e o que precisamos aprender sobre a rede de cuidados para condições pós-covid no Brasil.

Sistemas de informação

Ainda nesta quinta-feira (09), Sandro Terabe, assessor técnico do Conass, participou do Painel 12 – Sistemas de informação de Vigilância em Saúde: avanços e desafios, 

O assessor técnico do Conass falou sobre Sistemas de Informação para gerar inteligência de gestão do SUS.

De acordo com Terabe, a gestão do SUS é um campo complexo, por isso necessita de informações confiáveis para subsidiar a tomada de decisão.

Sobre o Centro de Inteligência Estratégica para a Gestão Estadual do Sus (Cieges), explicou que a atuação desse centro é voltada para qualificar os processos de gestão do SUS.

Sobre os Centros de Inteligência Estadual (Rede Cieges), Terabe destacou que estes buscam qualificar processos de monitoramento e avaliação da situação de saúde, da gestão e da efetividade do sistema; promover a troca de conhecimentos e experiências e subsidiar a tomada de decisão, com base em evidências, em tempo oportuno.

Segundo Terabe, atualmente há 3 Centros de Inteligência Estadual implantados, 19 em implantação e 3 agendados para iniciar a implantação.

De acordo com o assessor técnico do Conass, a implantação desses centros auxiliam a contrução de uma gestão mais efetiva, apesar dos poucos recursos disponíveis. “A demanda da saúde é eternamente uma curva crescente. Entretanto, a capacidade de execução é limitada. Por isso a Rede Cieges adquire um papel tão importante na gestão estadual ao focar na troca de conhecimentos e experiências para o fortalecimento da gestão estadual”, afirmou.

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