Conass sedia reunião para debater os impactos das mudanças climáticas na saúde

Na 77ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, Suíça, o presidente do Conass, Fábio Baccheretti, firmou um compromisso juntamente com o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Hisham Hamida, os representantes da Emergency Medical Teams da Organização Mundial da Saúde (EMT/OMS), Flavio Salio e Camila Philbert Lajolo, para atuar frente ao grande desafio dos desastres por alterações climáticas.

“A reunião teve como desdobramento elaborarmos uma publicação para enfrentarmos esses desastres, para que assim, consigamos dar uma resposta mais eficaz e rápida em relação a essas catástrofes que podem acontecer cada vez mais”, disse Fábio.

Para dar seguimento ao acordo da criação do manual, Fábio, convidou a coordenadora Regiane de Paula coordenadora de Controle de Doenças e Coordenadora do Plano Estadual de Imunização e a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, Tatiana Lang D’Agostini, do Estado de São Paulo, para levar a pauta ao Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que vem trabalhando em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O Cosud foi criado para fortalecer a cooperação entre os Governos de ambas as regiões e assim impulsionar ações socioeconômicas e ambientais em prol do Brasil.

“Existe um grande avanço de São Paulo com a OPAS sobre questões climáticas. Acredito que o Cosud pode nos orientar de como atuar de maneira transversal, com um olhar mais amplo e nos ajudar a criar serviços essenciais para lidar com esses eventos climáticos”, pontuou Fábio.

Regiane de Paula coordenadora de Controle de Doenças e Coordenadora do Plano Estadual de Imunização e a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, Tatiana Lang D’Agostini, do Estado de São Paulo.

Regiane contou que no ano passado o Cosud começou a ter debates sobre Saúde Única, uma abordagem transdisciplinar, que reconhece a conexão entre a saúde humana, animal, vegetal e ambiental. “Em outubro do ano passado resolvemos falar sobre Saúde Única voltada para crises climáticas, um tema que já vem sendo discutido nas câmaras técnicas do Conass, para que os estados estejam preparados para futuros desastres”, disse ela.

Para Tatiana, para levar esse plano adiante é preciso pensar em uma ação integrada, como a defesa civil, OPAS, a Organização Mundial de Saúde, o Ministério da Agricultura, da Saúde, entre outros. “Para termos uma resposta oportuna, integrada e eficiente, é necessário a cooperação entre a iniciativa pública e privada, voltado à execução de medidas de prevenção e da assistência a emergências em saúde pública que interfiram no Sistema Único de Saúde (SUS)”, ponderou.

Rodrigo Frutuoso, consultor técnico da OPAS

Para Rodrigo Frutuoso, consultor técnico da OPAS, embora a abordagem tenha ganhado força após os episódios do mundo, no Brasil o caminho é pensar na prevenção e não apenas quando acontecem emergências. “Sabemos que vamos ter outros eventos e não sabemos a gravidade. É preciso olhar o território não de uma forma homogênea, temos que trabalhar com dados, avaliação, estratégia de risco, para sabermos como devemos responder a esses riscos”, afirmou.

Ao final da reunião, Fábio ressaltou que a ideia foi unir esforços e aprender com as crises já enfrentadas. Para isso, oficinas foram agendadas para dar início a construção do manual com a participação de membros da tripartite. 

Outro ponto destacado pelo presidente, é que o acordo de prevenção, preparação e resposta a pandemias, também vem sendo debatido em outros países e é liderado pelos Estados membros da OMS, visando garantir que todos os países estejam melhor preparados e capazes de responder de forma eficaz e equitativa a futuras pandemias. 

Assesoria de Comunicação do Conass