Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde vão discutir estratégias conjuntas para aprimorar a assistência prestada à população indígena do País. A ideia é dar início a projetos para melhorar a integração das ações realizadas. O assunto foi discutido na manhã desta quarta, durante a visita do secretário Especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva, ao Conass.
“Vimos diversas iniciativas do Conass que podem ser implementadas”, disse o secretário, ao fim do encontro. De acordo com ele, uma das prioridades é aprimorar a saúde materno infantil, além do reforço à vigilância epidemiológica, indispensável sobretudo em tempos de pandemia de Covid-19. Na visita, o secretário fez um diagnóstico dos problemas enfrentados na área, reforçou a necessidade da transparência sobre o uso de recursos e dos atendimentos prestados à população. Relatou, ainda, as providências adotadas diante da epidemia de Covid-19. De acordo com ele, várias medidas foram intensificadas e unidades específicas para o tratamento foram criadas.
A reunião desta quarta integra o Diálogos Conass, uma iniciativa do Conselho Nacional de Secretários de Saúde para ampliar a discussão técnica e melhorar a integração das esferas do SUS e estratégias conjuntas para principais problemas de saúde do país.
O secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, ressaltou que a saúde indígena é há tempos alvo de preocupação da equipe técnica do conselho. Frutuoso citou como exemplo um documento técnico, preparado a partir de um detalhado diagnóstico sobre tema, já entregue ao Ministério da Saúde no passado. O secretário de Atenção Especial à Saúde Indígena mostrou-se interessado em avaliar as propostas apresentadas no documento.
Durante a reunião desta quarta, o assessor técnico do Conass, Haroldo Pontes, ressaltou a importância da articulação em torno das ações voltadas para saúde indígena. O assessor técnico defendeu uma agenda comum de trabalho para vencer um problema histórico do SUS, relacionado à população indígena: “Articulação institucional entre Ministério da Saúde, Estados e municípios no campo da saúde indígena é muito frágil”, disse. “Há pontualmente apoio, mas não uma articulação institucional.”
A assessora técnica Maria José Evangelista tem avaliação semelhante. “Nunca houve um trabalho integrado”, disse. Ela salientou ser indispensável a reformulação do modelo.” Todos são clientes da atenção primária.”
Ao fim do encontro, coordenador técnico do Conass, Fernando Cupertino sugeriu que o tema de saúde indígena seja abordado na próxima reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT). A inclusão do tema na pauta, avaliou, é essencial para dar mais visibilidade tanto às conquistas obtidas quanto para os desafios que ainda precisam ser enfrentados. A proposta foi aceita por Santos da Silva.
Fonte: Ascom Conass
Email: ascom@conass.org.br
Telefone: 3222-3000