Câmara Técnica do Conass reúne em Brasília Comunicadores em Saúde

 

Foi realizada nos dias 18 e 19, na sede do Conass, em Brasília, a reunião da Câmara Técnica do Conass de Comunicação em Saúde (CTCS). Esta foi a primeira reunião presencial dos participantes dessa Câmara Técnica, desde a pandemia.

Coordenada pelo gerente de Comunicação do Conass, Marcus Carvalho, a CTCS é composta pela equipe de Comunicação do Conass e pelos comunicadores das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e do Distrito Federal.

O encontro contou com a presença de cerca de vinte e três representantes de Comunicação das Secretarias de Estado da Saúde, além de gestores de comunicação de instituições públicas convidadas.

Na quinta-feira (18), primeiro dia da reunião, foram apresentadas as experiências selecionadas na Mostra da Gestão Estadual do SUS: experiências exitosas para recuperação de coberturas vacinais, que apresentou as experiências desenvolvidas pelos estados para promover o aumento das coberturas vacinais.

A Mostra foi realizada em conjunto pelas Câmaras Técnicas do Conass de Epidemiologia e de Comunicação em Saúde. Ao todo, 50 iniciativas de todas as regiões do País foram inscritas.

Na sexta-feira (19), os comunicadores em saúde tiveram a oportunidade de interagir e trocar experiências entre eles, além da oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido por outras instituições que atuam na área da saúde, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Em sua fala de boas-vindas aos assessores de Comunicação das Secretarias Estaduais de Saúde, Jurandi Frutuoso, Secretário Executivo do Conass, ressaltou a importância da CTCS, considerando que a comunicação com a sociedade é um dos grandes desafios do Sistema Único de Saúde (SUS). “A comunicação é uma ferramenta essencial para a evolução SUS, por isso é fundamental que este grupo mantenha essa interação, trocando experiências e auxiliando uns aos outros para podermos fazer uma comunicação mais efetiva, principalmente, nesse novo contexto de disseminação em larga escala de fake news e da ameaça que isso representa para a vida e a saúde da população”.

Para Marcus, gerente de Comunicação do Conass, o trabalho de um comunicador em saúde é, em sua maioria, um trabalho voltado para atender as demandas do dia a dia da instituição, por isso é necessário que ele participe de uma rede, que esteja integrado com outros comunicadores, a exemplo da Câmara Técnica de Comunicação em Saúde, e que tenha a oportunidade de participar de eventos em que possa interagir, compartilhar experiências e dessa forma contribuir para a consolidação do SUS.

 

 

Parcerias

Em sua apresentação, Sarah Buogo, consultora de Comunicação da OPAS, ressaltou a importância da comunicação no contexto da saúde pública, que é marcada por inúmeros desafios, mas também por ações que beneficiam a população.

Buogo destacou a importância das parcerias nas ações de comunicação, principalmente, no que diz respeito às ações desenvolvidas pelas secretarias estaduais e municipais de saúde. “A OPAS coopera tecnicamente com os países e trabalha de forma colaborativa com o Ministério da Saúde, com estados, municípios, organizações, universidades e promove, por meio dessas parcerias, a tomada de decisão por meio de evidências, buscando melhorar e promover a saúde como um motor do desenvolvimento sustentável”, explicou.

Protagonismo Institucional

Isabel Pimentel, coordenadora de Comunicação da Anvisa, falou sobre a necessidade de as equipes de comunicação, principalmente, no que se refere à Comunicação em Saúde, fortalecerem suas instituições por meio de estratégias de comunicação proativas, isto é, estratégias que fortaleçam a instituição como protagonista na sua área de atuação.

Para a gestora de comunicação da Anvisa, desenvolver um planejamento das ações é fundamental para, em meio às infinitas demandas diárias, não perder o foco da estratégia e das ações que devem ser desenvolvidas. “A comunicação deve ser horizontal, estratégica e fruto de um planejamento, de um plano de ação”, recomendou.

De acordo com Isabel, a comunicação institucional deve ter uma mensagem única. Deve ser integrada e se ter bastante clareza sobre o que vai falar, com quem vai falar e como vai falar. Isso, explicou, muitas vezes pode parecer óbvio, mas a maioria dos problemas são gerados por causa de ruídos e mensagens que não deixam claras essas diretrizes.

Sobre a produção de conteúdo, Isabel destacou que este é fundamental para desenvolver uma comunicação estratégica e proativa.

 

 

Produção Audiovisual

Mariana Pedroza, coordenadora de Comunicação do Conasems destacou a importância da democratização da comunicação, particularmente, na comunicação pública e especificamente, na Comunicação em Saúde.

A coordenadora chamou a atenção para o fato de que as mídias sociais, atualmente, são uma importante ferramenta para divulgação de ações que necessitem do engajamento e participação da população. Nesse contexto, a produção e a disseminação de conteúdo audiovisual contribuem para a disseminação das mensagens que desejamos propagar. “O audiovisual hoje consome o tempo das pessoas, pelo fato de as pessoas desejarem consumir informação de forma rápida, não necessariamente de qualidade, mas uma informação que seja concisa e que prenda a atenção. Então o nosso desafio é produzir informação atrativa, rápida e de qualidade. E para isso, precisamos lançar mão da produção audiovisual”, analisou.

 

 

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