A Pesquisa de Sintomas Mundiais COVID-19 é uma parceria entre o Facebook e instituições acadêmicas (University of Maryland e Carnegie Mellon University) [1]. Uma amostra de usuários do Facebook é selecionada diariamente com o uso de uma metodologia de amostragem capaz de otimizar a escolha dos participantes (desenho amostral) para que os respondentes representem melhor a população-alvo para reduzir a falta de resposta e o viés de cobertura[2]. O questionário aborda tópicos como, por exemplo, sintomas, comportamento de distanciamento social, aceitação de vacinas, problemas de saúde mental e restrições financeiras. Mais de meio milhão de respostas são coletadas diariamente, sendo que no Brasil já foram coletadas mais de 5 milhões de respostas desde abril de 2020, sendo mais de 10 mil por dia. O número de respostas é afetado conforme o número de usuários no local analisado.
O painel fornece a visualização diária dos casos notificados de COVID-19 e as médias móveis (7 dias) do percentual de pessoas que relataram sintomas semelhantes aos da COVID-19 (definido como febre junto com tosse, falta de ar ou dificuldade para respirar). Os sinais de mudanças na tendência da pesquisa de sintomas têm se mostrado com potencial para prever o aumento de casos de forma antecipada, o que é muito útil visto que temos um atraso considerável no registro de casos.
O painel Redes Sociais e Covid-19 – Sintomas e Comportamentos dos Internautas, deverá contar com outros itens para visualizações num curto espaço de tempo. O projeto será ampliado, com exibição de novos quesitos, para tornar a análise ainda mais detalhada. Acesse o release do lançamento.
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[1] Center for Geospatial Information Science UoM. COVID-19 World Symptom Survey. 2020 .https://covidmap.umd.edu/ Os dados dos Estados Unidos não estão incluídos na Pesquisa Mundial de Sintomas, mas estão disponíveis em covidcast.cmu.edu
[2] https://covidmap.umd.edu/document/css_methods_brief.pdf