Para alertar a sociedade sobre os sinais e sintomas da doença e mobilizar os profissionais de saúde quanto à busca ativa para diagnóstico precoce e prevenção de incapacidades, a Campanha do dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, no Brasil, é promovida anualmente em uma ação conjunta.
No Tocantins, estão envolvidos na Campanha Nacional departamentos do âmbito estadual, como a área de Assessoramento da Hanseníase/TO, a Gerência de Doenças Transmissíveis (GDT), Diretoria de Vigilância das Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis (DVDTNT) e a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), juntamente com as Secretarias Municipais de Saúde e demais parceiros envolvidos.
Conforme a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS) “o Brasil é o segundo país do mundo em maior número de casos novos, sendo 28.660 em 2018, o que corresponde a 13,7% do total de 208.619 reportados à OMS. Além disso, o país detém cerca de 92,5% dos 30.957 novos casos diagnosticados nas Américas (Boletim OMS, 2019).
A boa notícia é que, segundo o Ministério da Saúde (MS), “os medicamentos são seguros e eficazes. O paciente deve tomar a primeira dose mensal supervisionada pelo profissional de saúde. As demais são auto administradas. Ainda no início do tratamento, a doença deixa de ser transmitida. Familiares, colegas de trabalho e amigos, além de apoiar o tratamento, também devem ser examinados”.
Para o gerente de Doenças Transmissíveis do Tocantins, Rhonner Uchoa, “o conhecimento de que a hanseníase é curável e que o tratamento é grátis e simples, deve ser amplamente divulgado na comunidade para que todos os pacientes conheçam a doença e saibam como tratá-la corretamente. O direito à informação é fundamental no processo de prevenção de deformidades e incapacidades”.
O Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase acontece sempre no último domingo do mês de janeiro e, este ano, será comemorado no próximo dia 26.
Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:
– Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas;
– Áreas com diminuição de pelos e do suor;
– Dor e sensação de choque; formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas;
– Inchaço de mãos e pés;
– Diminuição de sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos;
– Úlceras de pernas e pés;
– Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
– Febre, edemas e dor nas articulações;
– Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz;
– Ressecamento nos olhos.
Fonte: SES/TO